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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A Biologia explica o homossexualismo...


A biologia explica dois novos estudos reforçam a hipótese de que as causas da homossexualidade são biológicas Marcela Buscato.
A ciência procura há décadas as origens do comportamento homossexual. O tamanho dos dedos das mãos, a tendência para ser canhoto ou destro e até a direção em que os cabelos nascem já foram cogitados como diferenças físicas entre gays e heterossexuais. Pesquisadores suecos conseguiram mostrar pela primeira vez que algumas partes do cérebro de homossexuais podem realmente funcionar de maneira semelhante ao cérebro de uma pessoa do sexo oposto. Cientistas do Instituto do Cérebro de Estocolmo, na Suécia, usaram técnicas de tomografia para analisar o cérebro de 50 voluntários - entre heterossexuais e homossexuais de ambos os sexos. Eles descobriram que uma área ligada às emoções, chamada amígdala, é ativada da mesma maneira tanto nos homens quanto nas lésbicas. E que outro padrão é encontrado nas mulheres e nos homens gays.
A equipe da neurobióloga Ivanka Savic também submeteu 90 pessoas a exames de ressonância magnética para medir o tamanho de cada uma das metades do cérebro. Mais uma vez houve correspondência entre homossexuais e o sexo oposto. Assim como os homens, as lésbicas têm o lado direito do cérebro maior do que o esquerdo. Já mulheres e gays têm as duas metades simétricas.“Os resultados não significam que gays têm um cérebro feminino nem que lésbicas possuem um cérebro masculino”, diz Qazi Rahman, da Queen Mary University, um dos mais influentes pesquisadores do Reino Unido na área. “Os gays têm o melhor dos dois mundos: um cérebro com características masculinas e femininas.”
Imagens mostram que áreas ativadas pela amígdala são as mesmas no cérebro dos homens e das lésbicas. Também há correspondência entre circuitos acionados no cérebro de mulheres e homens gays.
O estudo foi recebido como uma das mais fortes evidências de que a causa da homossexualidade também é determinada biologicamente e não apenas por uma escolha pessoal, moldada por experiências de vida. “A anatomia do cérebro não é tão plástica a ponto de as mudanças relatadas no estudo ocorrerem durante a vida adulta”, diz o neurocientista Jorge Moll Neto, coordenador do Núcleo de Neurociências da Rede Labs D’Or. Os pesquisadores suecos acreditam que as diferenças tenham sido moldadas ainda no útero materno. Já se sabe que a assimetria entre os hemisférios é formada entre o trimestre final da gravidez e logo após o nascimento. Para tentar confirmar a suspeita, agora Ivanka Savic estuda se a presença dessas características no cérebro de bebês poderá predizer qual será a orientação sexual desses futuros adultos.

A nova pesquisa pode ser mais um passo na busca pelas causas da homossexualidade, mas não responde a uma das perguntas mais intrigantes da ciência. As características dos cérebros dos homossexuais seriam determinadas pela ação de genes específicos, os famosos genes gays? Ou poderiam ser explicadas pela ação, ainda no útero, de hormônios relacionados à diferenciação sexual?

Enquanto não há resposta, outro estudo divulgado esta semana reforçou a idéia de que a homossexualidade faz sentido até do ponto de vista da seleção natural. Algumas linhas de estudo supõem que, quando presentes em mulheres, as supostas características genéticas gays aumentariam a fertilidade. Usando modelos matemáticos, o pesquisador italiano Andrea Camperio Ciani teria comprovado que mulheres da família de gays compensariam com vantagem os poucos filhos que eles teriam. E quanto mais descendentes, melhor para a espécie. Nesse caso, a matemática também explica

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